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A Morte no Futebol: Reflexões Críticas de Milly Lacombe | FutNews

O futebol, essa paixão que une milhões em torno de um mesmo sentimento, enfrenta um dilema sombrio. Milly Lacombe, em sua coluna no UOL, aborda a questão da morte no contexto do futebol, onde a morte simbólica faz parte do jogo, mas a morte concreta é, sem dúvida, inaceitável. A reflexão surge a partir de um incidente trágico ocorrido durante uma partida entre Colo-Colo e Fortaleza, no Chile, onde dois adolescentes perderam a vida atropelados por um caminhão de gás da polícia.

Morte Simbólica vs. Morte Concreta



Lacombe faz uma distinção poderosa entre a morte simbólica e a morte concreta. No futebol, a morte simbólica refere-se às derrotas e frustrações que todos os torcedores experienciam ao longo das temporadas. A perda de um título, a queda para uma divisão inferior ou um gol perdido de forma inexplicável fazem parte do jogo. Contudo, a morte concreta, como a que ocorreu no Chile, expõe uma realidade cruel, a qual não pode ser tolerada. A vida deve sempre prevalecer sobre o esporte.

Responsabilidade das Entidades



A coluna destaca a contradição entre a gestão do futebol como um negócio e a realidade sombria que permeia os estádios e suas imediações. Organizações como Conmebol, CBF, Fifa, Uefa e Concacaf são indagadas quanto à sua responsabilidade em garantir a segurança, não apenas como um mero protocolo, mas como uma prioridade. A omissão dessas entidades diante da violência e da insegurança é, sem dúvida, um ponto crítico que deve ser questionado. O futebol não pode ser um espetáculo à custa da vida das pessoas.

Falta de Treinamento Policial



A falta de preparo das forças policiais é outro tema abordado por Lacombe. O uso excessivo da força em situações de aglomeração tem resultado em tragédias que poderiam ser evitadas. O caso de um torcedor do São Paulo assassinado pela polícia é um triste exemplo de como a violência se infiltra no coração do futebol. A resposta desproporcional das autoridades não apenas agrava a situação, mas também transforma os estádios em zonas de guerra.

Casos de Violência e Impunidade



Os relatos de violência contra torcedores não são exceções, mas parte de uma narrativa mais ampla e alarmante. A brutalidade policial e a falta de responsabilização são questões que não podem ser ignoradas. O que deveria ser um espaço de celebração e união entre torcedores se transforma em um campo de batalha, onde a segurança e o respeito à vida são deixados de lado. Não se pode permitir que o futebol, que é um fenômeno social, se torne apenas um negócio que ignora a dignidade humana.

Conclusão: Um Chamado à Ação



Milly Lacombe conclui sua análise com um apelo à ação. O futebol deve ser um espaço seguro, onde a vida é respeitada e valorizada. As entidades responsáveis pelo esporte precisam urgentemente adotar medidas eficazes que garantam a segurança dos torcedores. É hora de transformar a tragédia em mudança e garantir que incidentes como o ocorrido no Chile nunca mais se repitam.

 

O futebol é muito mais do que um jogo; é uma parte essencial da cultura e da sociedade, e deve sempre promover a vida, não a morte.

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