São Paulo 2 X Atlético 2 – Melhores Momentos | FutNews

Sabe aquele sentimento de quase? Pois é, foi assim para o torcedor do São Paulo no empate em 2 a 2 contra o Atlético-MG, no Morumbis, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time paulista até conseguiu o objetivo de se classificar para a Libertadores do ano que vem, mas a sensação de que poderia ter saído com mais da partida, e até de que merecia a vitória, é impossível de ignorar. E, para piorar, a forma como o time sofreu no primeiro tempo com um gol relâmpago e o domínio do Galo ainda ecoa na cabeça do torcedor.
Gol rápido, nervosismo e falhas defensivas:
A partida começou de forma traumática para o São Paulo. Com apenas 34 segundos de jogo, o Atlético-MG balançou as redes de forma fulminante. Paulinho foi o autor do gol, que entrou para a história como o mais rápido do Campeonato Brasileiro, aproveitando um rebote de Hulk. A rapidez do gol deixou o Morumbis em choque, e o torcedor tricolor viu o time ser rapidamente colocado contra a parede. Até parecia que o São Paulo teria dificuldades para reagir. Mas o que veio depois foi uma sucessão de erros que dificultaram ainda mais a situação.
Aos 18 minutos, Paulinho apareceu novamente, dessa vez completando de cabeça uma falta cobrada por Hulk, ampliando para 2 a 0 para o Galo. O São Paulo, que até tentou se organizar, parecia perdido, sem saber como controlar o jogo e reagir à pressão do Atlético-MG. Mas, como se fosse um reflexo da força da torcida e da camisa, o time paulista, em um lampejo de reação, encontrou um alívio.
Reação no limite:
O gol contra de Fausto Vera, aos 26 minutos, foi um gol que o São Paulo, de certa forma, soube aproveitar. A bola desviou e entrou de cabeça, diminuindo a vantagem do Galo. Foi uma espécie de sorte que o tricolor tanto precisou nesse momento de aflição. Mas, ao invés de ficar no alívio do gol contra, o time paulista se lançou mais uma vez para buscar o empate.
E ele veio, no finalzinho do primeiro tempo. Aos 45 minutos, Lucas deu um passe milimétrico para André Silva, que não desperdiçou e empatou o jogo. O Morumbi foi à loucura, e a esperança do torcedor renasceu, já que o empate significava a classificação para a Libertadores. Mesmo com as limitações evidentes do time e uma partida com tantos altos e baixos, a missão estava cumprida.
O segundo tempo: morno e sem inspiração
No entanto, o segundo tempo foi o reflexo da instabilidade que ainda marca o São Paulo de 2024. Se no primeiro tempo a reação foi empolgante, a etapa final foi quase uma caricatura do que deveria ser um time em busca da vitória. As equipes se arrastaram em campo, sem muita criatividade, e o jogo foi se tornando cada vez mais morno, sem emoção. As finalizações praticamente desapareceram e o São Paulo, apesar de ser o time da casa, não conseguiu impôr seu ritmo. O Atlético, que já estava confortável com a classificação para a Libertadores garantida, parecia estar com a cabeça na final da competição continental contra o Botafogo.
O desânimo tomou conta do segundo tempo, com o Galo ainda perdendo Zaracho por lesão, e o São Paulo, a duras penas, se contentando com o empate. Para os tricolores, o mais frustrante foi perceber que o time poderia ter conquistado algo mais, mas foi vítima de suas próprias limitações e de um primeiro tempo que deixou muito a desejar.
Classificação na Libertadores, mas com muito a melhorar:
No fim das contas, a missão principal estava cumprida: o São Paulo garantiu vaga na Libertadores do ano que vem, embora ainda esteja em busca de um lugar direto na fase de grupos. Mas, ao olhar para essa partida, a sensação que fica é de frustração. O time foi capaz de reagir, sim, mas sofreu demais, e a impressão que se tem é que poderia ter ido além, especialmente em casa, diante de um Atlético-MG que não estava 100% focado no Brasileirão.
Agora, o São Paulo tem uma semana livre para se preparar para o próximo desafio: o Grêmio, fora de casa. A missão segue: garantir uma vaga direta na Libertadores e acabar com a sensação de que o time não tem sido capaz de manter a regularidade em momentos decisivos. O torcedor tricolor, que já está acostumado com a montanha-russa, espera que a próxima temporada traga mais estabilidade e, quem sabe, a chance de realmente brigar por títulos de expressão.
Se o campeonato está quase no fim, a ansiedade pelo futuro continua. E, como sempre, a dúvida persiste: será que o São Paulo vai conseguir transformar a frustração em algo grandioso?