Tudo sobre a Final – Racing 3 X 1 Cruzeiro | FutNews

Na trade desse sábado, o Cruzeiro protagonizou mais um capítulo de frustração na sua trajetória recente. Depois de uma caminhada sólida na Copa Sul-Americana, o time de Fernando Diniz se viu atropelado na final pelo Racing, que venceu a Raposa por 3 a 1, em Assunção, Paraguai. A equipe celeste começou a partida de forma apática, foi completamente dominada nos primeiros minutos e, embora tenha tentado reagir, viu o título escapar sem conseguir impor seu jogo. O cenário? Um pesadelo de gols rápidos, um VAR polêmico e a ausência de sorte. A pergunta que fica é: onde estava o Cruzeiro que encantou no começo do torneio?
O primeiro tempo que fez o Cruzeiro tremer:
Logo no início do jogo, o Cruzeiro sofreu um baque logo aos 2 minutos. O Racing marcou, mas o gol foi anulado por impedimento, depois de revisão do VAR. Parecia ser um alerta. Mas não foi o suficiente para acordar o time. Aos 15 minutos, uma bola cruzada de Martirena surpreendeu Cássio, que não conseguiu evitar o gol do Racing. O time celeste parecia perdido em campo, e não demorou para o segundo gol vir, aos 19 minutos, dessa vez com Martínez completando cruzamento de forma livre. Era 2 a 0 para o time argentino, e o Cruzeiro já estava com a sensação de que a partida poderia escapar.
Aos 33 minutos, o árbitro uruguaio Esteban Ostojich não marcou um pênalti claro em Kaio Jorge, que foi derrubado na área do Racing. Um lance duvidoso que aumentou ainda mais a frustração da torcida cruzeirense. No entanto, a reação esperada nunca chegou. A Raposa, apesar de criar algumas chances, não conseguia concluir com precisão. O Racing, por sua vez, sabia exatamente o que fazer: controlou o jogo e aproveitou o desespero cruzeirense.
Uma leve esperança que durou pouco:
No segundo tempo, logo aos 7 minutos, Kaio Jorge deu um suspiro de esperança ao marcar o gol de redução para 2 a 1. O Mineirão, ainda que distante, parecia pulsar em busca de uma reação. Mas o Cruzeiro, embora tenha pressionado, não teve competência para empatar. Algumas chances apareceram, com Kaio Jorge e Matheus Pereira, mas Arias, goleiro do Racing, estava seguro. O time argentino, experiente, cadenciou o jogo e não permitiu que a pressão celeste tomasse forma. E, como se o sofrimento já não fosse o suficiente, nos acréscimos, Roger Martínez selou a vitória do Racing ao marcar o terceiro gol, um gol digno de um pesadelo para o torcedor cruzeirense. O 3 a 1 final foi um golpe certeiro nas pretensões do time mineiro, que já amarga uma seca de títulos internacionais que dura desde o século passado.
O que resta para o Cruzeiro?
O Cruzeiro agora se vê de volta ao seu principal foco: o Campeonato Brasileiro. Após a eliminação na Sul-Americana, a única chance de garantir uma vaga na Libertadores do ano que vem é através da competição nacional. A tarefa não será fácil. O time precisa somar pontos e garantir uma classificação entre os primeiros para disputar a fase de grupos da Libertadores 2025. Com quatro jogos restantes no Brasileirão, a Raposa terá que se concentrar e tentar extrair o máximo de seu elenco para conquistar esse objetivo.
O sentimento é de frustração:
O torcedor cruzeirense, que esperava um título que traria a tão sonhada vaga na Libertadores, viu mais uma vez seu time tropeçar em um torneio internacional. O Racing, mais experiente, soube controlar o jogo, aproveitou as falhas do Cruzeiro e conquistou a vitória com autoridade. Fica a sensação de que a Raposa teve chances, mas se perdeu na ansiedade, na falta de precisão e, quem sabe, no nervosismo da final.
Agora, a torcida, mais uma vez, precisa olhar para o Brasileirão com esperança, mas também com um certo cansaço de ver o time sempre ao alcance de grandes feitos, mas sem conseguir agarrá-los. O que será do Cruzeiro no futuro? Só o tempo dirá. O que é certo é que a sul-americana foi mais uma oportunidade perdida, e o jejum de títulos internacionais do clube se estende por mais um ano.