São Paulo Lança Campanha Antirracismo no Futebol | FutNews
O São Paulo Futebol Clube deu um passo significativo no combate ao racismo no esporte, lançando uma campanha que clama por ações concretas e repudiando discursos vazios que apenas perpetuam o problema. A iniciativa foi divulgada em resposta a um recente incidente de racismo que envolveu o atleta Luighi, do Palmeiras, durante um jogo da Libertadores Sub-20 contra o Cerro Porteño.
Detalhes da Campanha
As camisas do São Paulo estarão estampadas com a frase Racismo = Menos 3 pontos, juntamente com o símbolo de um punho erguido, como uma clara mensagem de que a punição deve ser severa para aqueles que praticam a discriminação racial. Essa ação visa enfatizar a proposta de punições esportivas para clubes cujos torcedores se envolverem em atos racistas. Além disso, o Palmeiras se unirá à causa ao entrar em campo com um bandeirão da campanha #SomosSociedade, que foi iniciada em 2024, e uma faixa com a mensagem Todos contra o racismo. O rapper Rincón Sapiencia também se juntará à causa, realizando um minuto de barulho antes do início da partida, reforçando a necessidade de união contra o racismo no futebol.
Propostas do São Paulo
O São Paulo não se limitou a ações simbólicas; a equipe enviou uma carta à Fifa e à Conmebol, apresentando uma série de propostas concretas para combater a discriminação racial no futebol. As seis propostas são as seguintes:
1. Perda de Pontos: Cláusula que prevê a perda de três pontos para clubes cujos torcedores, representantes ou membros da comissão técnica forem culpados de atos racistas. Caso haja identificação e responsabilização criminal dos infratores, a perda pode ser reduzida a um ponto.
2. Multas Financeiras: Imposição de multas que podem chegar a US$ 500 mil (aproximadamente R$ 2,8 milhões). No entanto, se houver identificação dos infratores, a multa pode ser reduzida para US$ 100 mil (cerca de R$ 571 mil).
3. Eliminação do Torneio: O clube poderá ser eliminado do torneio em caso de reincidência em atos racistas.
4. Responsabilização dos Árbitros: Árbitros que não aplicarem o protocolo de racismo da Fifa poderão ser responsabilizados, com a respectiva multa aplicada à associação responsável.
5. Registro de Infratores: Implementação de um registro de torcedores, atletas, dirigentes e membros da comissão técnica para garantir que medidas adicionais possam ser tomadas em caso de reincidência de atos racistas.
6. Transparência nas Punições: As punições e processos disciplinares devem ser divulgados publicamente, garantindo que a sociedade esteja ciente das ações tomadas.
Essas propostas representam uma tentativa séria de erradicar a discriminação racial do futebol sul-americano, tornando claro que o São Paulo e seus parceiros estão comprometidos com a transformação do ambiente esportivo em um espaço mais justo e inclusivo.
Essa iniciativa não apenas marca um momento decisivo na luta contra o racismo, mas também serve como um apelo a todos os clubes e entidades do futebol a adotarem postura semelhante e se unirem na luta contra essa chaga que ainda assola o esporte.
