Mesmo com a grande quantidade de chutes, o time rubro-negro ainda peca na hora de transformar as oportunidades em gols, algo que tem sido um desafio constante desde a chegada de Filipe Luís ao comando da equipe.
Em 12 jogos sob o comando do treinador, o Flamengo registrou impressionantes 199 finalizações ou cabeçadas, mas apenas 34% delas foram no alvo — ou seja, 131 finalizações erradas, o que tem comprometido o desempenho ofensivo da equipe. Esse número reflete uma média de 16 finalizações por jogo, mas com apenas cinco acertos por partida. Em termos práticos, a equipe cria bastante, mas não consegue capitalizar suas chances, algo que tem frustrado tanto o time quanto a torcida.
O empate contra o Fortaleza: Um reflexo do problema
O jogo contra o Fortaleza, realizado na Arena Castelão, é um exemplo claro dessa dificuldade. Mesmo com 15 finalizações, o Flamengo não conseguiu vencer e ficou no 0 a 0, dando adeus definitivo às suas chances de título no Campeonato Brasileiro. Das 15 finalizações, apenas quatro foram no alvo — uma taxa extremamente baixa para um time com tantas ambições. Essa falta de precisão tem se tornado uma constante nas atuações do Flamengo, que não consegue transformar o volume de jogo em gols.
A explicação de Filipe Luís
Após o empate com o Fortaleza, Filipe Luís comentou sobre esse desafio. O técnico reconheceu que, embora a criação de chances seja algo positivo, é necessário melhorar a eficiência nas finalizações. Eu falei em uma outra entrevista que acredito que o gol a gente não ensina aos jogadores. A gente pode criar muitos recursos para eles entrarem na área, para eles finalizarem. Mas tem dias que a bola não entra e até pênalti a gente erra. E tem dias que fazendo muito menos você faz dois, três, quatro gols, explicou o comandante.
Apesar das palavras de Filipe, o número de finalizações erradas segue preocupante. O Flamengo tem se mostrado ineficaz na hora de colocar a bola no fundo das redes, e isso tem sido um dos maiores obstáculos para que a equipe se mantenha competitiva no topo da tabela.
Momentos de maior eficiência
Curiosamente, os jogos em que o Flamengo teve uma boa pontaria ocorreram nas vitórias mais tranquilas, como no 4 a 0 sobre o Juventude e na vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG na ida da final da Copa do Brasil. Nesses jogos, o time teve 50% de acerto nas finalizações — um número significativamente superior ao que é visto em outras partidas. Contra o Juventude, o Flamengo finalizou 20 vezes, com 10 acertos e 4 gols. Já contra o Atlético-MG, foram 10 finalizações e 5 acertos, o que resultou em 3 gols.
Esses números ilustram que, quando a pontaria está afiada, o Flamengo se torna um time extremamente eficaz ofensivamente, mas quando falha nas finalizações, a equipe não consegue converter o volume de jogo em resultados.
O que espera o Flamengo daqui para frente?
Agora, com as chances de título praticamente descartadas, o Flamengo terá que lidar com a pressão de melhorar a eficiência nas finalizações para garantir uma vaga na próxima edição da Libertadores. A equipe precisa de mais consistência no ataque para alcançar seus objetivos na competição nacional, além de se preparar para as etapas finais da Copa do Brasil.
Filipe Luís tem a tarefa de corrigir esse problema e treinar seus jogadores para que consigam manter a calma e precisão nos momentos decisivos. O Rubro-Negro precisa urgentemente melhorar essa taxa de acerto nas finalizações para retomar o bom desempenho e garantir que as chances criadas sejam realmente aproveitadas. Com o elenco talentoso que possui, é possível acreditar que, com mais foco nas finalizações, o Flamengo pode voltar a ser decisivo nas últimas rodadas do campeonato.
