Gabigol e a saída do Flamengo com gosto amargo | FutNews

Parece que, após tantos títulos, gols decisivos e até certa idolatria, Gabigol finalmente teve seu limite. E, cá entre nós, a coisa toda parece uma novela – daquelas que nem o mais ardoroso torcedor rubro-negro gostaria de assistir. Como se não bastassem as vitórias e as taças, agora temos um final de temporada com direito a drama, mágoa e, claro, aquele toque de desprezo na relação entre Gabigol e a diretoria do Flamengo.

Antes de colocarmos o coro do Deixa o Gabigol ir! e partir para outra, vamos relembrar um pouco dessa novela dramática entre o maior camisa 9 do Brasil e a diretoria do Flamengo. Sim, porque essa história tem mais reviravoltas que uma partida de futebol de botão.

O Dia do Fico virou Dia de ir embora

Começou em 2019, com aquele empréstimo mágico da Inter de Milão e aquela chegada empolgante de Gabigol ao Flamengo. Tudo parecia um conto de fadas, mas, como toda boa história de futebol, havia algo subindo pelas beiradas. Em 2020, quando o Rubro-Negro oficializou a permanência do jogador, todos comemoraram. Gabigol se tornou símbolo de uma geração vencedora, mas quem diria que os capítulos seguintes viriam recheados de suspense e decepção.

O grande drama começou quando a diretoria do Flamengo decidiu fazer o que mais irrita qualquer jogador de futebol: falar demais sem agir. Em 2023, um acordo verbal foi fechado para renovar o contrato do atacante até 2028, com aumento de salário e tudo. O próprio Gabigol, que, convenhamos, não é bobo, já havia até começado a preparar a festa para anunciar sua renovação. Estava tudo lindo, até que… o silêncio. Nada de contrato, nada de assinatura. Ninguém no Flamengo disse nada diretamente para ele. Só o podcast do presidente e de Marcos Braz ecoando por aí, como se Gabigol fosse personagem de um reality show. Isso, amigo, não é bom sinal.

A saída de Gabigol estava desenhada na ausência de diálogo e na falta de respeito que, convenhamos, nem de longe é o padrão do #MaisQuerido.

A Recusa do Flamengo: Contrato de um ano? Melhor não…

Agora, o Flamengo, em um movimento que seria cômico se não fosse trágico para a relação com Gabigol, ofereceu um novo contrato. Só que… de um ano! Você leu certo. A diretoria do Flamengo queria renovar com Gabigol por apenas mais uma temporada. Diante disso, Gabigol deve ter olhado para o contrato e pensado: Isso aqui não é renovação, isso é uma despedida com uma pitada de desprezo.

Gabigol, que já estava no clube há cinco anos e que foi o grande artilheiro de títulos históricos, recebeu o equivalente a uma proposta de um mês de férias. A comparação com Bruno Henrique, que renovou por três anos aos 33, só aumentou a insatisfação. O famoso “respeito” tão pedido pelos jogadores, parecia ter sumido.

O Voo Para Fora: Palmeiras e Corinthians Entram no Jogo

Como se não bastassem os altos e baixos com a diretoria, Gabigol ainda teve que lidar com conversas secretas – e muito públicas – de clubes interessados. O Palmeiras até articulou uma troca por Dudu. Não rolou. Depois, o Corinthians entrou em cena, com uma possível negociação que parecia mais um episódio de quem quer ser meu rival? do que uma real tentativa de contratação.

A foto vazada de Gabigol com a camisa do Corinthians foi o ápice da confusão. O atacante, com um sorriso de quem sabia que estava prestes a protagonizar mais um drama, virou personagem de novela mexicana. O que se seguiu? Claro, a diretoria do Flamengo ainda tentava reverter a situação com o famoso não é bem assim, mas quando a água já está batendo na bunda, não tem mais quem salve o relacionamento. Aliás, que relacionamento?

Despedida e o Não Final

O pior de tudo é que Gabigol se despede com a sensação de ter sido tratado como mercadoria. E sim, a diretoria tem culpa nisso. Não pela falta de títulos – isso eles fizeram de sobra –, mas pela falta de respeito ao ídolo. E não adianta colocar a culpa em um exame antidoping, ou na foto com a camisa do Corinthians. O maior problema foi a falta de diálogo e a indiferença para com um jogador que já fez história no clube.

A frase final de Gabigol, no campo da Arena MRV, foi um divisor de águas. Ele não queria mais ser tratado como simples peça no Flamengo. A ida de Gabigol foi praticamente um me dê motivo para ir embora. E, bem, a diretoria rubro-negra, com sua política de silêncio e propostas com prazo de validade, deu a resposta: um motivo grandioso para ele sair.

O Futuro de Gabigol Depois do Adeus Doloroso

A relação que deveria ser uma das mais épicas da história do clube terminará com um sentimento de insatisfação. Ao contrário do que muitos esperavam, o fim não será apoteótico. Nem para ele, nem para o Flamengo. E assim, um dos maiores ídolos da história rubro-negra se despede com a sensação de que foi desvalorizado e desrespeitado pela própria diretoria.

Gabigol, que ajudou o Flamengo a conquistar a Libertadores, Supercopa e Copa do Brasil, está indo embora em busca de algo mais – e, quem sabe, até de um lugar onde ele realmente seja tratado como ídolo. Uma pena, Flamengo. Uma pena mesmo.

Mas que fique claro: sempre será Te amo, Gabigol, só que agora, de longe.