Athletico ParanaenseAtlético MineiroBrasileiro

Como Explicar o Fim de Temporada Melancólico do Galo | FutNews

Como explicar que, depois de conquistar o Campeonato Mineiro, ser vice na Copa do Brasil e na Libertadores, o Atlético-MG se vê à beira do rebaixamento na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2024? A resposta não é simples, mas há alguns pontos chave que ajudam a entender a queda de desempenho do Galo nesta temporada.

Elenco Curto



Primeiro, o elenco curto. O Atlético disputou quatro competições importantes em 2024 – Campeonato Mineiro, Copa do Brasil, Libertadores e Campeonato Brasileiro. Nos primeiros jogos da Série A, o time teve um desempenho até razoável, com três vitórias e quatro empates em sete rodadas. No entanto, à medida que as competições paralelas começaram a exigir mais do elenco, a queda foi inevitável.

A Copa América foi um dos fatores que enfraqueceu o time. O Galo perdeu jogadores para as seleções, além de sofrer com lesões. Isso resultou em uma falta de opções no banco de reservas, e em diversos jogos o time sequer conseguiu completar a relação de jogadores. Em busca de reforços, o clube trouxe nomes como Junior Alonso, Lyanco e Deyverson, mas a gestão da SAF e o departamento de futebol falharam na avaliação de alguns desses reforços, o que contribuiu para a atual crise.

Muitos Empates



A sequência de empates também foi crucial para a situação delicada. O Atlético tem o segundo maior número de empates no campeonato, junto com o RB Bragantino: 14 no total. Esses pontos perdidos contra adversários diretos na luta contra o rebaixamento foram fundamentais para manter o time no fundo da tabela.

Desempenho Contra Times do Z4



Outro fator decisivo foi o baixo aproveitamento contra os seis piores times da competição. O Galo conseguiu apenas 39% de aproveitamento nesses confrontos: perdeu quatro, empatou quatro e venceu apenas três. Em um Campeonato Brasileiro equilibrado, não vencer adversários diretos é um erro que não se pode pagar. A falta de pontos nesses jogos comprometeu as chances de um Galo tranquilo na tabela.

Desempanho nas Copas



O desempenho nas Copas, por mais que tenha sido glorioso ao levar o time para as finais, acabou sendo um fardo no Brasileiro. Com a pressão para conquistar títulos, o Atlético precisou fazer escolhas, deixando de lado o campeonato nacional em diversas rodadas e escalando times alternativos. A consequência? O sonho do Galo de brigar por uma vaga no G-8 virou um pesadelo de luta contra o rebaixamento.

Problemas na Defesa



Além disso, a defesa do Atlético-MG foi um dos maiores problemas da temporada. Com 54 gols sofridos em 37 jogos, a defesa se tornou uma das mais vazadas do campeonato, perdendo para apenas quatro times. Em comparação com o ano passado, quando levou 32 gols em 38 rodadas, é um retrocesso significativo. A instabilidade defensiva resultou em jogos em que o time se viu exposto e sem poder de reação.

E como se não bastasse a falta de vitórias, a saída de Gabriel Milito do comando técnico, após a derrota para o Vasco trouxe um impacto emocional profundo no grupo. Jogadores como Deyverson e Battaglia não esconderam a tristeza, e o momento de desconfiança no vestiário reflete diretamente nas atuações do time em campo.

 

O Galo agora entra na última rodada com o peso da temporada, tentando evitar o desastre de jogar a Série B em 2025. A parte mental também pesa muito nesse momento, e a fragilidade do time é evidente. Se no início do ano o Atlético encantava com seu futebol, hoje se vê dependente de cruzamentos na área e sem criatividade para atacar. As fragilidades estão expostas, e a situação é dramática.

O Atlético precisa de um milagre para escapar da queda. Mas, ao que tudo indica, é um time que, além de perder gols, também perdeu sua confiança.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo